quinta-feira, 21 de outubro de 2010

RECRIAR NO MUNDO O QUE NASCEU EM SONHO

A frustração do espectador médio em qualquer festival de cinema é geralmente proporcional à oferta de filmes. Quanto mais filmes há, mais frustrado fica o espectador por não poder ver tudo - e, como a maior parte das vezes eles só passam uma ou duas vezes, a frustração ainda é pior porque obriga a fazer escolhas. Os corajosos que se atirarem à competição 2010 do DocLisboa vão sentir essa frustração como nunca antes, pois uma quantidade absurda de óptimos filmes está compactada num primeiro fim-de-semana que confirma a aposta de Serge Tréfaut e Augusto M. Seabra na programação 2010. (...)

(...)'Luz Teimosa', de Luís Alves de Matos, é um olhar que se pretende surrealista sobre um artista que precisou de se ir embora para desabrochar: Fernando Lemos, pintor, fotógrafo e poeta português, contemporâneo de Alexandre O"Neill, António Pedro ou Vieira da Silva, emigrado no Brasil desde 1952. Plasticamente muito cuidado, usando como fio condutor uma belíssima fotografia tirada numa romaria pouco antes de Lemos emigrar, 'Luz Teimosa' é um testemunho elegante sobre a arte e a vida, introdução lúdica ao universo do artista."(...)


Jorge Mourinha . PÚBLICO

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